Os capítulos finais do primeiro livro de Samuel apresenta um enredo sangrento, uma história repleta de batalhas, lutas armadas, mortandade e derrotas dos Israelitas.
Se olharmos ao povo escolhido quase não o podemos reconhecer como tal. O povo perdeu a referência religiosa que encontravam em Samuel. Os sacerdotes leais foram assassinados sob a ordem de Saul e o povo estava a deriva sob as ordens de um rei que sentia-se banido da presença de Deus. Presença essa que tantas vezes ele tentara fugir. Sentia-se agora totalmente abandonado. Na verdade Saul cometera o que é apontado como o pecado contra o Espírito Santo, ou seja, ele silenciara a voz divina dentro de si e tornara-se tão insensível que não poderia retornar a presença divina.
O grupo de Davi, formado por pessoas com problemas sociais, desertores do exército de Saul, endividados etc, com certeza não seria uma referência ou modelo a ser seguido. Agora, o próprio Davi parece cambalear em sua fé e vai refugiar-se a um rei filisteu.
O rei filisteu prontamente reconheceu a oportunidade política única que se apresentou diante dele. O guerreiro mais promissor dentre seus inimigos, a milícia que mais lhe houvera causado percas, surge diante de si como aliados. Uma ótima oportunidade para conseguir aniquilar a monarquia hebraica e firmar-se como soberano de toda aquela região da Palestina.
Por um ano e quatro meses Davi consegui seduzir os filisteus. Saía com sua milícia a atacar grupos nômades mais ao sul e arrasava-lhes completamente, não deixando sobrevivente que pudesse contar a história. Retornava com os despojos e alegava ter atacado o exército dos hebreus. Como recompensa foi presenteado com uma cidade e presença de honra diante de Aquis, o rei filisteu.
Mas a farsa de Davi não duraria para sempre. Em um momento os reis filisteus reuniram-se com seus exércitos para guerrear contra os hebreus, e Davi, como súdito de Aquis deveria acompanha-lo na batalha.
A providência manifestou-se colocando indignação entre os príncipes filisteus quanto a presença de Davi em campo de batalha, os quais pediram a Aquis que o despedisse, dispensando-o da obrigação de lutar contra seu próprio povo.
Enquanto isso, o perdido Saul buscava algo em que pudesse depositar suas esperanças. Como não encontrou resposta de Deus para nenhuma de suas perguntas buscou uma médium e recebeu informações do próprio Satanás, o qual usava de estratégia para o assustar e causar sua morte em campo de batalha.
Davi ao retornar sua cidade encontrou-a destruída pelos nomades que ele atacara ao sul e as mulheres e crianças haviam sido levados como escravos.
Davi, agora sob a guia de Deus por intermédio do sacerdote Abitar, persegue o exército amalequita e os alcança. Conseguiram enfim recuperar tudo o que haviam perdido, nenhuma pessoa dos que tinham sido levados foi morta e ainda trouxeram muito despojo dos amalequitas. Numa jogada política Davi envia do despojo dos amalaquitas uma parte aos príncipais anciãos hebreus.
Enquanto isso, no campo de batalha entre os filisteus e israelitas, a derrota dos israelitas foi terrível.
Os filhos de Saul foram todos mortos em batalha e ao sentir-se sem saída o rei de Israel lembra-se das palavras satânicas da noite anterior.O soberbo rei lança-se sobre sua própria espada e tira sua vida.
Amigo, não permita que a voz do Senhor silencie em sua alma. Perceba o tamanho do desespero e desamparo de alma que pode cair sobre alguém que estivera no agrado divino e por iniciativa própria coloca-se longe, muito longe do alcance da graça de Deus.
Enquanto isso, o momento aguardado por Davi por longo tempo de peregrinação o alcança. Mais um capítulo da história do povo de Deus é concluído. O povo agora pode escolher por si mesmo andar nos caminhos tortuosos de Saul ou retornar ao Deus que haviam aprendido a servir com Samuel.
E você? Que caminho quer para si? O da exaltação própria? Ou o caminho da submissão e favor divino?
Forte abraço e fique na Paz!
Até não ouvir mais ao Senhor – I Samuel 27 – 31
Adicionar aos favoritos o Link permanente.